sábado, 3 de setembro de 2011

O espírito das formas é uno. Circula no interior delas como o fogo central que se revolve no centro dos planetas e determina a altura e o perfil das suas montanhas consoante o grau de resistência e a constituição do solo. As imagens dos deuses são tão instáveis quanto possível, mesmo que se trate de deuses de um mesmo povo, precisamente porque elas representam, no mundo das aparências, a circulação invisível de uma força permanente e decidida a quebrar ou a deformar os obstáculos, que percorre as suas artérias, anima os seus nervos, solda e fortalece os seus ossos desde a origem do homem. É a permanência desta força que se trata de encontrar e salientar sob a diversidade e a variabilidade dos símbolos que a dissimulam.»

Élie Faure

Arquivo do blog